Preço do litro da gasolina vai subir novamente em Santa Catarina
Última atualização 19 de outubro de 2015 - 08:37:43
Os catarinenses mal tiveram tempo para assimilar o último aumento no preço da gasolina e precisam preparar o bolso para mais um reajuste. De acordo com a Agência Nacional de Petróleto (ANP), nas últimas semanas o Estado teve aumento médio de 6,25% no preço do combustível, variaçÃo próxima da margem do reajuste de 6% feito pela Petrobras nas distribuidoras no final de setembro. Nesta semana, porém, deve chegar às bombas uma atualizaçÃo levando em conta a alteraçÃo do valor-base do ICMS.
O percentual de 25% do imposto estadual era calculado sobre o valor de R$ 3,33 (preço médio estadual segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda), que agora foi reajustado para R$ 3,45. De acordo com a Secretaria, essa segunda elevaçÃo no mês de outubro acompanha os aumentos de impostos do governo federal e do preço feito pela Petrobras.
— Ainda devem ser repassados mais R$0,05 ou R$0,06 e o aumento do etanol também tem impacto — diz Júlio Zimmermann, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau, regiÃo que concentrou os maiores aumentos nas últimas semanas.
Cidades elevaram acima do recomendado
Embora a variaçÃo média do aumento da gasolina nas últimas semanas esteja próxima da margem de 6% feito pela Petrobras, em algumas cidades de SC o reajuste foi acima do recomendado: é o caso de Blumenau (9,37%), Biguaçu (8,7%), Joinville (8,66%) e Brusque (7,7%). A média de preço no Estado está em R$ 3,39. Apesar do aumento, Santa Catarina tem a quinta média de preço mais baixa no país
Ao analisar valor médio, Florianópolis e Blumenau compartilham o topo com o litro a R$ 3,49. Já o local mais barato para abastecer, entre os analisados pela ANP, é Itajaí, onde o litro de gasolina está vendido a uma média de R$ 3,24. O preço da venda para as distribuidoras oscila entre R$ 2,78 e R$ 2,93.
O presidente do sindicato dos postos de gasolina de Florianópolis, Valmir Espíndola, explica que o aumento total para as distribuidoras foi maior que 10% se somados todos os impostos.
— Só o que a Petrobras aumentou já foi 6%. Com PIS, Cofins e outros impostos subiu mais de 10%. E ainda deve vir o aumento do ICMS — diz.
O Procon estadual ainda nÃo tem uma posiçÃo sobre os reajustes. As unidades municipais estÃo fazendo levantamentos e devem enviar manifestaçÃo nas próximas semanas, após a conclusÃo.
— O que ressaltamos sempre é que a pessoa deve pesquisar. NÃo colocar gasolina no primeiro posto que encontrar. Basta procurar para encontrar preços melhores — orienta o coordenador de fiscalizaçÃo do Procon estadual, Isnando Bezerra.
Apesar do aumento, consumo cresce no Estado
Mesmo com altas sucessivas no preço do combustível desde o início de 2015, o consumo de gasolina no território catarinense cresceu 1,4%, entre janeiro e agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado.
O levantamento da ANP leva em conta os valores da gasolina de poucas cidades, apenas 10 em Santa Catarina, por exemplo. Mas a limitaçÃo se repete nos outros Estados do país. Dentro dos últimos valores pesquisados em outubro, a média do litro a R$ 3,39 só é maior que em Piauí (R$3,38), SÃo Paulo (R$3,32), Paraíba (R$3,30) e MaranhÃo (R$3,27). O abastecimento mais caro do Brasil é no Acre (R$ 4,01).
No Rio de Janeiro, Estado que concentra a maior produçÃo de petróleo do país (74% do total), o preço médio da gasolina está R$ 3,69, mais caro que o do Distrito Federal (R$ 3,67).
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