Seminário no Oeste, debate o setor leiteiro Catarinense
Última atualização 8 de outubro de 2015 - 08:46:46
Santa Catarina é o quinto produtor nacional com 2,8 bilhões de litros de leite ao ano. O oeste catarinense responde por 73,8% da produçÃo. Os 80 mil produtores de leite, dos quais 60 mil sÃo comerciais, geram 7,4 milhões de litros ao dia.
O panorama sulbrasileiro do mercado lácteo e seus desafios sÃo tema de um seminário que acontece a partir de quinta-feira (8), em Chapecó.
“SÃo quase R$ 8 milhões que saem dos tetos das vacas todos os dias para alimentar a economia barriga-verde”, afirma o presidente da FederaçÃo da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), José Zeferino Pedrozo, ao exemplificar a importância da cadeia produtiva do leite.
O superintendente do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Jacir Massi, destaca a importância de maior investimento por parte do setor lácteo e do governo, para que o segmento se torne competitivo ao mercado internacional. Segundo Massi, a média de produçÃo da cadeia nacional é de quatro litros de leite por vaca ao dia, o que é considerado baixo. Em SC a média é de sete litros, mas ainda esta abaixo do ideal que seria 14.
No início deste ano a ministra da agricultura Kátia Abreu foi para Rússia e colocou o Brasil como potencial de exportaçÃo de leite. No entanto, de acordo com Massi, para atingirmos essa expectativa é preciso dar mais atençÃo à qualidade da matéria-prima.
“É ai que entra a importância deste seminário, que nos chama para a necessidade de discutir e traçar perspectivas para melhoria do setor. Para que situações como as que enfrentamos esse ano, de leite adulterado, por exemplo, nÃo se repitam”, enfatiza.
O coordenador da Aliança Láctea Sulbrasileira, Airton Spies, explica que a iniciativa dos três estados do Sul, que participam do encontro, busca aproveitar as oportunidades e resolver problemas comuns.
“O setor leiteiro possui um grande potencial de desenvolvimento, mas está em atraso em relaçÃo a outros campos da agroindústria. Isso se resolve com o engajamento do Governo, da agroindústria e do produtor”, completa.
Para Spies, o seminário é uma oportunidade para discutir o estado atual da arte, em termos de tecnologia. “Trazer este debate para o sul é muito importante, pois é a regiÃo que possui as melhores condições para produzir leite no País com pastagem de qualidade e produtores qualificados”, pontua.
SOBRE O SEMINÁRIO
O Seminário Sulbrasileiro de Leite terá abertura oficial nesta quinta-feira (8), às 19h30, no Parque Tancredo Neves, em Chapecó, com pronunciamentos de lideranças do setor.
O evento continua na sexta-feira (9), às 9h com palestra sobre “Fraudes do Leite na visÃo do Ministério Público”, ministrada pelo promotor público Fabiano Baldissarelli.
Ás 9h50, os principais direcionadores, tendências, ameaças e oportunidades do mercado de lácteos no Brasil e no mundo será temática de abordagem do diretor da MilkPoint, Marcelo Pereira de Carvalho.
Às 10h45, o secretário do produtor rural e cooperativismo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Tibério Dorneles Rocha, apresentará o Projeto de melhoria da competitividade do setor lácteo brasileiro, o “Programa Leite Saudável”.
O próximo tema em debate inicia às 11h30 com o diretor do Departamento de InspeçÃo de Produtos de Origem Animal (DISPOA) do MAPA, José Luiz Ravagnani Vargas e focalizará “Qualidade do Leite, situaçÃo atual IN-62”.
A tarde serÃo realizados dois painéis. O primeiro, com início às 14h, trará as perspectivas dos três estados da Aliança Láctea Sulbrasileira, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e um panorama geral apresentado pelo coordenador da aliança, Airton Spies.
Às 16h serÃo discutidos os entraves, desafios e perspectivas do setor lácteo no sul do país e terá a participaçÃo de representantes da FederaçÃo de Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), FederaçÃo dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Santa Catarina (FETAESC), Câmara Setorial do Leite e Conseleite.
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