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Fecomércio SC prevê queda de 18% nos gastos com presentes no Dia das Crianças

Última atualização 7 de outubro de 2015 - 09:03:41
Preços mais atrativos, promoções e bom atendimento deixam de ser um diferencial para determinar as decisões de compras dos catarinenses no Dia das Crianças. Conforme a pesquisa da Fecomércio SC, que traz o perfil do consumidor e intençÃo gastos para o período, mais de 77% os catarinenses vÃo apostar na comparaçÃo de preços para garantir o presente sem pesar no bolso, visto que a expectativa de gasto médio será de R$ 146,78, com retraçÃo de 18% em relaçÃo ao ano anterior (R$178,91). O destaque fica por conta de Itajaí com o maior gasto médio do estado: R$ 193,58 por consumidor.

Em tempos de incertezas econômicas e orçamento mais apertado, os três quesitos sÃo levados em conta na hora de escolher o presente: o valor e as ofertas interferem na compra para 70% dos consumidores, seguido pelo bom atendimento. Os brinquedos (48,9%), vestuário (34,1%) e setor dos eletrônicos (4,3%) devem puxar as vendas. O principal destino deve ser o comércio de rua (75,9%) e Shoppings Centers (16,3%).

O gasto médio mais enxuto neste ano é resultado da situaçÃo econômica do Brasil, com crédito restrito, inflaçÃo alta e deterioraçÃo do emprego, segundo afirma o assessor econômico da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

“A reduçÃo da expectativa de gasto médio no estado é bastante considerável, ainda mais quando se leva em consideraçÃo a inflaçÃo do período de 9,5%. A origem de tal queda real está em outro dado levantado pela pesquisa: a situaçÃo financeira das famílias. A pesquisa aponta que 40,1% das famílias de Santa Catarina declararam estar em situaçÃo financeira pior do que a do mesmo período do ano anterior, 33,7% apontaram que sua situaçÃo permaneceu igual e apenas 25,7% afirmaram que estÃo em melhor situaçÃo. Esse resultado é inédito. Pela primeira vez na pesquisa, as famílias que estÃo em piores condições financeiras encontram-se no topo da lista”, afirma Córdova.

A pesquisa aponta que os catarinenses devem pagar em dinheiro (73,6%), fazer compra parcelada no cartÃo de crédito (14,1%) ou no crediário (4,7%). Embora a tendência seja de compra à vista, os índices de compras a prazo indicam que a renda está comprometida com outras dívidas. Esse fato, diferente das pesquisas de intençÃo de compras anteriores, demonstra que os consumidores estÃo mais realistas sobre suas condições de compra.

A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 12 de setembro em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Lages e Itajaí.
Perfil do consumidor

Mulheres (68,1%), com idade entre 18 e 35 anos (54,4%), e classe média devem ir às ruas nas próximas semanas para escolher o que comprar. Os filhos (48,8%), seguidos pelos sobrinhos (49,5%) e pelos netos (16,5%), sÃo os mais presenteados. De acordo com a pesquisa, a criança nÃo acompanha a compra (78%) ou escolhe o presente (70,6%).

A renda da maior parte destas famílias fica entre R$ 1.510,00 e R$ 4.007,00 (40,1%), além de famílias que ganham entre R$ 947 a R$ 1.509 (29,4%), ou seja, a maioria pertence à classe média. Completa o quadro geral aquelas que têm rendimento entre R$ 4.008 e R$ 6.506 (11,9%).

Em relaçÃo ao grau de escolaridade destes consumidores, a maioria tem ensino médio completo (46,7%) ou grau de instruçÃo maior que isso, como ensino superior completo (12,8%).

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