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Santa Catarina tem 125 mil dependentes de drogas

Última atualização 31 de agosto de 2015 - 10:14:58
Santa Catarina tem 125 mil dependentes de drogas, segundo pesquisa da Assembleia Legislativa do estado (Alesc). Desse total, apenas 10% estÃo em tratamento em alguma comunidade de reabilitaçÃo.

No estado, sÃo cerca de 140 comunidades que ajudam no tratamento de dependente químicos e as familias sofrem junto com eles. “Quando o problema está dentro da família e todos começam a compartilhar, é muito difícil. O transtorno, a forma de tratar a situçÃo. Mas quando se afasta, fica pior ainda”, disse a psicóloga Marylis Barreto.

Um dos que sentiram esse isolamento foi o ex-jogador de futebol profissional Albeneir Marques Pereira. “Eu perdi praticamente tudo. Eu perdi o convivio da família. A gente vai perdendo, vai rolando morro abaixo, morro abaixo, morro abaixo. Eu praticamente morei na rua”, disse.

O fundo do poço veio quando ele deixou de jogar futebol. Por mais de três décadas, o ídolo do Figueirense virou refém de outra droga: o álcool.

“Eu acabei em um centro de tratamento onde eu pedi ajuda em 6 de dezembro de 2006 e hoje, graças a Deus, vou completar 9 anos limpo. Cada dia é uma batalha”, completou.

PERDA DE PATROCÍNIO

Outro atleta prejudicado pela drogas foi o ex-surfista profissional Tiago Bianchini. Ele começou a usar as substâncias ilícitas ainda na adolescência.

“Tinha uns amigos que usavam assim e aí comecei a experimentar maconha”, contou. “É aquela coisa, quando a pessoa é adolescente tudo é novo, nas amizades, na escola. EntÃo é muito fácil”, resumiu.

Porém, depois a vida dele ficou complicada. “Fui me isolando. Minha família foi sofrendo muito do meu lado e acabei perdendo patrocínio”, disse.

Surfista profissional, Tiago já foi campeÃo catarinense e brasileiro, mas as drogas fizeram com que a carreira fosse interrompida mais cedo. Aos 28 anos, ele ainda sofre com recaídas e luta pra se livrar do vício.

Tiago está em reabilitaçÃo pela terceira vez e atualmente está internado em uma comunidade terapêutica na Grande Florianópolis.

SerÃo meses de reabilitaçÃo. “Agora, eu vou fazer o tratamento, seis meses que têm para fazer, me graduar e ser feliz. Ter uma vida boa. Eu sou novo, tenho 28 anos ainda, tenho uma filha linda. Tenho certeza que, quando eu sair daqui, dar a volta por cima, eu vou dar muito mais valor para a minha vida”, disse.

Pra quem já saiu dessa, uma liçÃo: “nÃo arrisca. NÃo arrisca. Siga de boa, siga na paz, com tranquilidade, siga com saúde. Eu nÃo aconselharia o uso de álcool nem de substância química alguma”, avisou Albeneir.

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