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Uma nova experiência a cada dia

Última atualização 24 de julho de 2015 - 12:01:13

Cortando
as estradas do Brasil, uma descoberta diária, novos lugares, novas culturas e
com olhar no horizonte, esta é a rotina do caminhoneiro. Responsável pelo
transporte do que é produzido em todo o país, ele se tornou uma das figuras
mais importantes para a economia brasileira. Mas, a vida da estrada também é
cheia de aventuras e desafios, alegrias e tristezas. Ser um caminhoneiro
significa passar por dificuldades, viver longe da família, viajar pelo país, e
acima de tudo, ter muitas histórias para contar.

E em 1997, iniciava uma nova jornada para
o palmitense Geres Schena. Ano em que iniciou a vida na estrada. Trabalhava no
setor de transportes, como motorista de caminhões pequenos, logo médios e
grandes. “Na época tinha alguns amigos que já trabalham como motoristas eu
também tinha esse sonho de menino, o qual virou logo realidade, também
financeiramente na época era muito bom”, lembra.

No início, segundo Schena, era somente
alegria, ele saiu do Sul ao Norte do Brasil na primeira viagem, “nossa, era um
sonho”, expressa. Depois de um tempo na estrada, o palmitense conta que as
dificuldades começaram a aparecer, entre elas: a saudades da família, dos
amigos, e, até do futebol.

Outra dificuldade apontada pelo
caminhoneiro
é a falta de postos de
suporte nas estradas onde possam estacionar o veículo, descansar, comer, passar
a noite ou ter atendimento médico. Muitos motoristas reclamam que até para usar
o banheiro é difícil. “Na época eram diversas dificuldades, tantas quanto hoje,
mas de forma diferente, uma delas em destaque era local apropriado para o
banho, os pátios de postos a maioria de terra, meios de comunicaçÃo também eram
muito precários, fazendo com que se demora mais ainda a viajem”, lembra.

Além
das dificuldades, o caminhoneiro conta que todo o dia a vida na estrada é uma
nova experiência de vida. “Todos os dias aumentavam as responsabilidades, mais
caminhões nas estradas, e pouca experiência adquirida no volante logo tive que conduzir
um caminhÃo novo e fazer com que o mesmo produzisse mais ainda para ajudar a se
pagar”, comenta.

As
mudanças ao longo dos anos

Leis,
rodovias, tecnologia. Tudo foi sendo modificado com o passar dos anos. E, ao
longo da jornada, Schena recorda que um dos maiores avanços foi à evoluçÃo da
tecnologia dos caminhões, o que proporcionou maiores facilidades de trabalho. Quanto
as Leis, o caminhoneiro destaca que sempre existiram, porém ele indaga que quando
sÃo boas e bem aplicadas funcionam, tanto hoje como no passado.

Com o
aumento na produçÃo e no setor de transportes, as rodovias também foram sendo
modificadas. Schena evidencia que hoje possuem mais opções em quantidades de
rodovias, “mas continuam mal administradas como sempre e permanecem em péssimas
condições, a diferença maior, e que hoje a maioria foi privatizada, tornando-a
pedagiadas”, declara.

Em
relaçÃo aos fretes, Schena reconhece que o setor sofre uma carência, e que
devido
à falta de política no setor, o frete vem ano a ano perdendo percentual do seu
valor, chegando em diversos segmentos à total inviabilidade de sua prática. “Quanto
menor a empresa maior a dificuldade se manter no mercado, que é tÃo
competitivo, o cada dia existe maior cobrança de impostos e menos retorno de
incentivo ao transportador para este conseguir manter e ou renovar a frota”, defende.

O RETORNO

Hoje, após 19 anos de estrada, Schena acredita
que o setor de transportes ficou muito tempo esquecido pelo governo. “Agora,
diversas leis foram criadas sem ter um estudo correto e uma adaptaçÃo para
realidade de nosso país, prejudicando muito a produtividade do setor”, aponta.

Em compensaçÃo, o caminhoneiro que
ainda curte a profissÃo, encontrou outra maneira de poder continuar seu sonho
de trabalhar no setor de transporte e poder ficar perto da família: “Tinha a intençÃo
de estar mais próximo da família e também devido ao grande número de veículos
que trafegam hoje nas estradas o risco de acidentes está cada vez maior. E
aproveitando minha experiência adquirida ao longo dos anos na estrada, surgiu à
oportunidade de poder utilizá-la de outra forma, em uma empresa de transportes,
na funçÃo de responsável da manutençÃo e operaçÃo de frota”, finaliza.

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