“Fui penalizada por defender o meu partido”, critica Cris Zanatta
Última atualização 12 de junho de 2015 - 10:10:18
Presidente da Câmara de Vereadores, Cris Zanatta
A vereadora e presidente da Câmara de Vereadores de SÃo Miguel do Oeste, Cris Zanatta (PMDB), se pronunciou sobre a advertência que recebeu do PMDB na semana passada. A advertência ocorreu após o Conselho de Ética do partido analisar uma representaçÃo feita por secretários do governo municipal, a qual pedia uma puniçÃo e até a expulsÃo da vereadora da sigla. Ela nÃo foi expulsa, mas recebeu advertência.
O motivo para a penalidade seria de que Cris Zanatta nÃo teria respeitado um acordo feito pelo PMDB, que apoiava a candidatura do vereador Vanirto Conrad (PDT) à presidência do Legislativo. Cris nÃo apoiou Vanirto, votou em si mesma e com os votos da oposiçÃo foi eleita presidente da Câmara. A vereadora demonstrou revolta com a advertência recebida e estuda quais medidas irá tomar.
Segundo Cris Zanatta, uma das opções é recorrer da decisÃo ao Diretório Estadual do PMDB. Ela poderia também acatar a decisÃo do Conselho de Ética, mas considera esta uma decisÃo incoerente. “Como que vou acatar algo que me penaliza por ter votado para no PMDB? Vou acatar por que, se nÃo fiz nada de errado? Quero que me provem o que fiz de errado”, desafia. “A própria constituiçÃo diz que o voto do vereador é inviolável, é ele quem decide o voto. Eles estÃo coagindo o meu voto, isso é inadmissível em tempos atuais”, complementa.
Uma terceira opçÃo analisada pela peemedebista é de encerrar sua trajetória política. “Fui penalizada por defender meu partido. Pode isso? Foi uma representaçÃo intempestiva, irresponsável, porque expuseram o partido ao ridículo, estÃo me expondo e cabe a mim fazer uma análise mais criteriosa da minha caminhada política, se continuo ou encerro ela”, disse a vereadora à reportagem do Gazeta Catarinense.
Questionada se poderia deixar o PMDB, Cris diz que esse nÃo é o intuito. “NÃo penso em sair. Estou lutando para ficar, porque é o partido onde tenho raiz. Meu pai era, minha família é e tenho uma caminhada e uma história. Mas, motivos já me deram, estou sendo pacienciosa. NÃo entrei ontem no partido. Tenho uma militância, uma trajetória, uma história e um sentimento que muitos deles que assinaram esse documento nÃo têm”, conclui.
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