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261 cidades zeram número de bebês nascidos com HIV no RS

Última atualização 1 de junho de 2015 - 15:42:28

Foto: ReproduçÃo/RBS TV
Embora seja líder no ranking do Ministério da Saúde referente a casos de crianças menores de 5 anos infectadas com HIV, o Rio Grande do Sul está conseguindo, aos poucos, minimizar as consequências dessa realidade. Atualmente, 261 cidades gaúchas conseguiram zerar a transmissÃo de mÃe para filho do vírus da Aids.
Desde 2012, nenhuma criança nasceu infectada com o HIV em SÃo Leopoldo, cidade do Vale do Sinos. Isso depende das mÃes, mas é cada vez mais orientado e estimulado por médicos. A transmissÃo do vírus de mÃe para filho, chamada de transmissÃo vertical, pode acontecer em três momentos: durante a gestaçÃo, o parto ou a amamentaçÃo.
“O maior percentual é durante o parto e a amamentaçÃo. A criança fica protegida durante a gravidez, mas durante o parto e a amamentaçÃo, o índice de transmissÃo aumenta bastante”, alerta o médico Gabriel Soldatelli Rossetto.
O diagnóstico precoce ainda é o passo principal a ser dado. O primeiro passo é fazer o teste que detecta o HIV, que é de graça e fica pronto em 20 minutos. A partir do resultado obtido, será necessário iniciar o tratamento preventivo para evitar a transmissÃo para o bebê e tomar alguns cuidados.
“Quanto mais cedo ela [gestante] fizer o exame, mais cedo a gente consegue iniciar com as medicações e mais cedo a gente vai chegar na taxa que temos hoje”, explica o médico Alex Sandro Almeida de Oliveira.
Se a gestante tem o vírus da Aids, ela precisará dar início ao tratamento preventivo, que consiste em tomar dois remédios. SÃo seis comprimidos por dia que vÃo impedir que o HIV se espalhe pelo organismo e para o bebê. Quando o vírus da Aids nÃo é mais detectado em exames, é possível fazer parto normal sem riscos.
No entanto, o bebê nÃo poderá mamar no peito, já que o leite materno também transmite o vírus. As mÃes ganham leite em pó. Além disso, nas seis primeiras semanas, as crianças também devem tomar um xarope que protege contra o HIV.
“É simples? NÃo, nÃo é simples, mas é muito possível de se aplicar, tanto que a gente considera que aqui em SÃo Leopoldo, a gente tenha conseguido reduzir a esses números por ter conseguido implantar essa linha de cuidados, que une a atençÃo básica ao serviço especializado”, ressalta Rossetto.
Foi por causa do tratamento que depois de nove anos que uma mÃe, que nÃo quis se identificar, engravidou. “Quando eu descobri com três meses de gravidez, a primeira coisa que eu pensei: 'Meu Deus, tomara que ele nÃo nasça com o vírus'. Eu rezava toda noite e pedia que ele nÃo nascesse com vírus, porque o preconceito é muito grande”, diz a mulher.

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