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Curso de Engenharia de Alimentos produz bebida láctea de chocolate com menta

Última atualização 21 de maio de 2015 - 15:37:59

SÃO
MIGUEL DO OESTE

Acadêmicas Marlise e Bruna foram orientadas pela professora Eliane de Carli Foto: Karine Bender/Ascom Unoesc

As
acadêmicas do curso de Engenharia de Alimentos da Unoesc SÃo Miguel do Oeste,
Bruna Bállico e Marlise Zoz, produziram bebida láctea de chocolate com menta. De
acordo com a professora orientadora do estudo, doutora Eliane Maria de Carli, o
produto é uma alternativa saudável e nutritiva.

Durante
a pesquisa, foram formuladas e elaboradas quatro bebidas lácteas com
concentrações diferentes de açúcar e cacau. As bebidas passaram por testes que
mediram o grau de aceitaçÃo dos participantes da pesquisa. Eliane explica que a
análise sensorial tem o objetivo de medir, analisar e interpretar as reações
que as características dos alimentos produzem às pessoas, além de identificar
como essas características sÃo percebidas pelo olfato, visÃo, gosto, tato e até
pela audiçÃo.

A
análise sensorial realizada apontou que adultos e crianças preferiram o tratamento
com concentraçÃo de 3% de cacau em pó e 10% de açúcar. Entretanto, todos os
tratamentos realizados seriam bem aceitos no mercado, pois apresentaram índice de
aceitabilidade superior a 70%. Este índice é um critério utilizado para que o
produto possa ser oferecido ao público.

As
bebidas lácteas elaboradas também se apresentaram menos calóricas e com valor nutritivo superior ao produto comercial. Além disso, consiste em uma alternativa mais
econômica às indústrias.

— A
bebida láctea pode conter até 51% de soro, reduzindo a quantia de leite —
informa Eliane. Agora, o curso apresentará a proposta do novo produto para a
indústria parceira do estudo.

Meio Ambiente

A
produçÃo de bebidas lácteas está aumentando e ganhando, cada vez mais,
popularidade devido à procura por produtos inovadores, saudáveis, seguros e
práticos para o consumo. Além disso, a
bebida láctea se constitui em uma forma racional e lógica de aproveitamento do
soro de queijo, para retorno à cadeia humana, sem prejuízo ao meio ambiente.

De
acordo com a professora Eliane de Carli, a maioria das empresas brasileiras
fabricantes de queijo lança o soro de leite em esgotos e mananciais ou utiliza
como alimento para animais. Eliane afirma que a falta de conscientizaçÃo
ambiental faz com que essas empresas ainda nÃo invistam em sistemas de
tratamento de efluentes. Isso gera graves danos ambientais, já que, segundo a
professora, a substância tem um potencial poluidor até 100 vezes maior que o
esgoto séptico.

Além
do descarte em mananciais, o descarte no solo também é preocupante.

— O
descarte diretamente no solo pode comprometer a estrutura físico-química do
solo e diminuir o rendimento das colheitas — afirma a professora.

Eliane
salienta que o curso já realizou diversas pesquisas com aproveitamento do soro
e deverá dar continuidade a outros estudos. Entre eles estÃo a elaboraçÃo de
bebida láctea com diferentes concentrações de soro e a utilizaçÃo do subproduto
do leite para elaboraçÃo de produtos de panificaçÃo com elevado valor proteico.
A pesquisa beneficiará indústrias de laticínios, panificadoras e indústrias de
bebidas.

Experiência

Segundo
as estudantes, Bruna Bállico e Marlise Zoz, fazer parte de um projeto de
iniciaçÃo científica é gratificante.

— Esta
é uma oportunidade de aprender, fazer novas descobertas e novos produtos por
meio da pesquisa desenvolvida — destacam as alunas, ressaltando que o projeto é
uma oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de
aula.

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