Ônibus que matou 51 em SC não tinha cinto de segurança
Última atualização 18 de março de 2015 - 14:44:46
Foto: DivulgaçÃo
Conforme o Instituto Geral de Perícias (IGP), o ônibus envolvido em um acidente na Serra Dona Francisca, no Norte catarinense, que matou 51 pessoas, nÃo possuía cinto de segurança para os passageiros. A perícia ocorreu na tarde de terça-feira (17).
Ao menos duas pessoas viajavam em pé, conforme o número de assentos disponíveis e a lista de passageiros divulgada pelo governo estadual. Esta afirmaçÃo parte do pressuposto que crianças de até 5 anos viajaram no colo, como permitido, segundo Polícia Militar Rodoviaria (PMRv). Além do motorista, estavam 58 pessoas em um veículo com capacidade de 51.
“A parte mecânica, pelo menos aparentemente, parece que foi revisada recentemente. Analisamos alguns itens, mas ainda nÃo é possível afirmar se houve um problema mecânico ou nÃo”, disse o diretor Instituto Criminalística (IGP), Walmir Djalma Gomes Junior.
O ônibus foi fabricado antes da lei que obriga a colocaçÃo de cintos. Durante a perícia, foram analisados as rodas, o sistema de freios e o motor do ônibus. O IGP ainda deve verificar o tacógrafo e tem prazo inicial de 10 dias para conclusÃo dos laudos, passível de prorrogaçÃo.
InvestigaçÃo
O delegado que comanda as investigações em Joinville , Brasil Ferreira dos Santos, aguarda os laudos do IGP para saber se houve mesmo falha mecânica ou excesso de velocidade.
O laudo cadavérico do corpo do motorista, para descobrir se ele teve um mal súbito ou se havia ingerido bebida alcoólica , também será analisado.
O delegado ainda solicitou à polícia paranaense que ouça funcionários ou possíveis sócios da empresa de turismo.
Perícia
O trabalho para tentar apontar as possíveis causas do acidente levou mais de 6 horas e foi realizado nesta terça-feira em Campo Alegre.
“A perícia do veículo foi concluída. A equipe chegou no local às 10h30 e saiu às 17h. Agora é preciso analisar os elementos do local. O resultado depende de cada caso, mas estamos dando prioridade para este acidente”, afirmou Suellen Pericolo, gerente de perícias do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joinville.
Segundo ela, cinco profissionais do IGP de Joinville e Florianópolis estiveram no posto da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Campo Alegre, onde está o ônibus. “Os peritos analisaram o veículo todo, principalmente os componentes mecânicos, mas também a parte estrutural, bancos, cintos”, detalha.
Inquérito
A polícia já ouviu dois sobreviventes. De acordo com o delegado Brasil Guarani, da Delegacia de Delitos de Trânsito de Joinville, que conduz o inquérito, as vítimas – maiores de idade – relataram “uma possível falha mecânica”.
De acordo com o delegado, essa é apenas uma das hipóteses com que a polícia trabalha. “Só vamos poder confirmar com as demais vítimas e com a perícia”.
A perícia do veículo será fundamental para entender a dinâmica do acidente, segundo o delegado. “Mas muitas peças se deformaram com o impacto.”
Sobre o motorista, o delegado afirmou que nÃo sabe se exames poderÃo determinar se ele sofreu um mal súbito, por causa do estado em que o corpo foi encontrado.
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