Home Organizações ocupam ruas do município em protesto

Organizações ocupam ruas do município em protesto

Última atualização 13 de março de 2015 - 10:43:00
Os movimentos sociais do Campo, Florestas e Cidade iniciaram o ano de 2015 com massiva mobilizaçÃo em todo o país. No estado de Santa Catarina este cenário nÃo tem sido diferente. Em SÃo Miguel do Oeste durante todo o dia de quarta-feira, 11, ocorreu a intervençÃo dos movimentos e pastorais sociais, bem como, da Fetraf Sul, igreja, sindicatos, que estiveram envolvidos em ações de reivindicaçÃo, seguindo uma pauta unitária de luta.
Conforme o coordenador estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Fabiano Baldo, a açÃo faz parte também da Jornada Nacional de luta dos movimentos do campo, que acontece desde o final de semana e segue até o dia 13. Baldo explica que o objetivo é, além de fortalecer as reivindicações, promover denúncias. “O nosso propósito é denunciar o modelo do agronegócio, que vem tirando do campo as pequenas famílias, principalmente no que se refere a questÃo do leite que avança sobre essas pessoas. Existe um processo de integraçÃo ao agronegócio e muitas famílias nÃo conseguem acompanhar isso e acabam sendo excluídas”, enfatiza.
Entre as pautas, Baldo destaca a luta pelo direito à terra, em defesa da agricultura camponesa e familiar, políticas voltadas à habitaçÃo, cancelamento imediato do aumento da conta de luz que entrará em vigor neste ano de 2015, garantia e ampliaçÃo de direitos sociais e culturais que permitam a qualidade de vida, a sucessÃo rural e permanência da juventude no campo.


Outra pauta citada durante o dia direcionou-se a defesa da Petrobrás e pelo Plebiscito Popular por uma Nova Constituinte. A ideia, segundo um dos integrantes da direçÃo estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Consulta Popular, Nauro José Velho, é defender a proposta de Reforma Política com participaçÃo do povo. “Primeiramente fizemos alguns esclarecimentos sobre o que está por trás da corrupçÃo da Petrobrás. Lembramos das dez empresas que financiaram 70% dos deputados federais, o que corresponde a 360 deles, levando ainda a informaçÃo de que três empreiteiras conseguiram uma bancada de 214 deputados. EntÃo, imaginem para quem essas pessoas vÃo trabalhar. Depois disso, falamos sobre a necessidade de um plebiscito popular para lavar a corrupçÃo do sistema político”, explica.
Envolvidos na mobilizaçÃo, jovens ligados a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), também fizeram denúncias a violência contra a juventude e exigindo a implantaçÃo do campus da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), que segundo o jovem Rafael Fernando Lewer, representa uma luta de mais de 10 anos no município. “A juventude possui uma necessidade histórica de reivindicar os seus direitos de forma que possa impedir que muitos erros cometidos no passado nÃo aconteçam mais. Por isso viemos para a rua, para mais uma vez falar sobre a pauta da Universidade Federal, denunciando a violência contra a juventude e defendendo a nÃo retomada da ditadura militar no Brasil, como muitos têm em mente”, explica.


AÇÕES
Durante toda a manhÃ, houve marcha em direçÃo a Previdência Social e na Delegacia de ProteçÃo à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso. As mulheres organizadas do campo e da cidade também fizeram críticas ao atual delegado da delegacia da mulher e falaram sobre a insatisfaçÃo das mulheres sobre os casos de violência cometidos e que segundo elas, nÃo receberam a devida atençÃo. Segundo uma das representantes do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas, Maria Carmen Viero, as mulheres também entregaram uma pauta no INSS e exigiram que nÃo se percam os direitos já conquistados.
Outra açÃo denominada de Ato Político, foi realizada em frente a Caixa Econômica Federal. Lideranças realizaram falas, jovens acompanharam o momento com música e logo após, às 15h, seguiram em marcha até a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) do município, onde também aconteceu a entrega de pauta. Segundo informações do líderes da mobilizaçÃo, as ações aconteceram em 22 estados e mobilizaram mais de 30 mil trabalhadores do campo.

deixe seu comentário