Projeto do estacionamento rotativo será votado em abril, diz presidente Cris Zanatta Massaro
Última atualização 11 de março de 2015 - 17:30:22
Foto: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
O andamento da tramitaçÃo do projeto do estacionamento rotativo de SÃo Miguel do Oeste foi o principal tema de reuniÃo entre entidades empresariais e vereadores na manhà desta quarta-feira (11). No encontro, realizado no plenário Attilio Luiz Calza, a presidente do Legislativo, Cris Zanatta Massaro, afirmou aos empresários que o projeto será votado em abril, mas que desde janeiro os parlamentares seguem um cronograma para analisar a matéria.
Em janeiro, um grupo viajou para cinco municípios de Santa Catarina e Paraná onde já funciona o estacionamento, a fim de conhecer as experiências de cada um. As impressões sobre cada modelo serÃo apresentadas aos demais edis na próxima semana. Em fevereiro, começou uma triagem de opiniões enviadas pela populaçÃo através do site da Câmara. Neste mês, os vereadores irÃo se reunir com o prefeito a fim de esclarecer algumas dúvidas. Também em março, os vereadores irÃo discutir as possíveis emendas a serem apresentadas quando o projeto de lei for colocado em votaçÃo. E por fim, em abril a matéria irá para a pauta de sessões ordinárias.
QUESTIONAMENTOS DOS EMPRESÁRIOS
O presidente da Acismo, Vilmar Lima de Souza, explicou que busca informações sobre a tramitaçÃo do projeto para dar uma resposta aos associados, que cobram a implantaçÃo do estacionamento rotativo. Astor Kist, vice-presidente regional da Fiesc, elogiou a atitude da Câmara em querer melhorar o projeto, tornando-o consistente, e sugeriu a criaçÃo de uma empresa público-privada para melhorar a gestÃo do sistema.
Lizéte Grassi Lang, presidente da CDL, questionou se era possível modificar o estacionamento rotativo após ser implantado, a fim de adequá-lo conforme a necessidade. Sérgio Giovani Anesa, do Sindicomércio, manifestou preocupaçÃo sobre como ficariam os espaços de carga e descarga. Francisco Antonio Crestani, da Fecomércio, sugeriu que na implantaçÃo do rotativo nÃo seria necessário criar ruas com mÃo única, pois as vias de SÃo Miguel do Oeste sÃo largas. Já Irineu Massarolo, do Sindicomércio, comentou que em pesquisa com clientes de empresas, todos sÃo favoráveis ao estacionamento rotativo, por criar vagas.
Foto: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
O vereador Idemar Guaresi, em resposta aos líderes das entidades, ressaltou que o projeto enviado pelo Executivo era como “assinar uma promissória em branco”. Segundo ele, todas as modificações a serem feitas futuramente, como área em que funcionará o rotativo, horários, limites de carga e dimensÃo de veículos, ocorrerÃo por meio de decreto. Para o vereador, o ideal seria que essas modificações fossem feitas a partir de lei, passando pela Câmara de Vereadores.
“O decreto é um ato do prefeito que nÃo passa pela Câmara, é como dar um cheque em branco ao prefeito, seja o prefeito atual ou outro que virá”, explicou o advogado do Legislativo Luiz Pichetti. “O projeto é muito enxuto e nÃo limita poderes”, acrescentou o diretor jurídico Jorge Meneghetti. Outro ponto contestado na reuniÃo é que nÃo há uma verdadeira rotatividade com o projeto enviado pelo Executivo. Segundo os vereadores, a matéria prevê que os carros possam ficar até três ou quatro horas estacionados no mesmo lugar, dependendo da via. “Dessa forma nÃo é estacionamento rotativo, é ‘arrecadativo’”, disse Pichetti.
PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS SETORES
A presidente do Legislativo Cris Zanatta Massaro fez um chamamento para que todos os setores da sociedade assumam a corresponsabilidade sobre esse tema, a fim de criar um projeto bem fundamentado e eficiente. “A Câmara representa toda a populaçÃo. É necessário verificar todos os pontos de vista, a fim de que o projeto responda às necessidades e interesses dos cidadÃos miguel-oestinos”, declarou Cris.
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