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Equipes de Saúde alertam sobre o risco da entrada de um novo vírus

Última atualização 5 de dezembro de 2014 - 08:37:38

O vírus Chikungunya é transmitido pelo mosquito da Dengue, Aedes Aegypti, e também pelo mosquito Aedes Albopictus. A presença do vírus que cauda sintomas semelhantes ao da Dengue já foi registrada em cidades do Norte, Nordeste e Sudeste do País

A Gerência Regional da Saúde de São Miguel do Oeste tem feito um alerta sobre o risco da entrada de um novo vírus no estado de Santa Catarina. Conforme a Bióloga da gerência, Aline Fraga Zandonai, trata-se do Chikungunya, oriundo da Ásia e que se encontra na América Central há alguns anos. Aline explica que o vírus chegou ao Brasil neste ano de 2014, iniciando no Amapá. Além de ser transmitido pelo mosquito da Dengue, o Aedes Aegypti, o novo vírus possui outro transmissor, o mosquito Aedes Albopictus, o qual, segundo Aline, encontra-se em grande quantidade na região.

A Bióloga salienta que os sintomas nas pessoas contaminadas pelo vírus Chikungunya são semelhantes ao da dengue, sendo febre alta, dor de cabeça, vÔmitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo e fortes dores nas articulações. “A dor nas articulações é tão forte que algumas pessoas já relataram não conseguir levantar um copo de água. Ficam encurvadas o que também, tem semelhança com o nome do vírus Chikungunya, que significa, uma espécie de encurvamento”, enfatiza.

Segundo a Bióloga, a dor nas articulações pode durar meses, anos, ou até mesmo, a vida inteira. “Já houve dois óbitos na América Central por conta desse vírus, mas nada confirmado ainda na nossa região. No entanto, orientamos para que se as pessoas tiverem os sintomas, que procurem imediatamente uma unidade de Saúde”, esclarece.

MANIFESTAÇÃO


Segundo Aline, a doença pode se manifestar clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crÔnica. Ela explica que na fase aguda os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta, artralgia (predominantemente nas extremidades e nas grandes articulações), cefaléia e mialgia. O período médio de incubação da doença é de três a sete dias (podendo variar de um a 12 dias). Os sintomas costumam persistir por sete a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converte-se em uma dor crÔnica incapacitante para algumas pessoas.

NOTA

Nesta semana a Secretaria Municipal de Saúde de São Miguel do Oeste divulgou nota recebida da Secretaria Estadual de Saúde. Conforme o documento, até o dia 18 de outubro o Brasil notificou 1.750 casos autóctones suspeitos de Febre de Chikungunya. Destes, 682 (39%) foram confirmados nos municípios de Oiapoque (AP), Feira de Santana (BA), Riachão do Jacuípe (BA) e Matozinhos (MG). Dos casos restantes, 114 (6,5%) foram descartados e 954 (54,5%) continuam em investigação.

Apesar de não haver o registro do vírus em Santa Catarina, a situação preocupa, pois já foi detectada a presença do Aedes aegypti em 84 municípios e o Aedes albopictus em 198 municípios do estado.

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