Na quarta-feira, dia 29, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) concluiu as investigações da Operação Leite Adulterado III. Além das 11 empresas investigadas e 16 prisões feitas, foram divulgadas as marcas para as quais as empresas enviavam o produto adulterado. Entre as marcas compradoras estão a Danone, Shefa, Szura, Bel, G.O.P. Alimentos do Brasil/Abralat e a Cooperoeste Terra Viva, de São Miguel do Oeste.
No entanto, segundo o Ministério Público, as empresas compradoras não tem responsabilidade criminal e podem ser citadas como vítimas, já que a adição de produtos químicos tinha por objetivo, justamente, burlar os testes de qualidade realizado pelas empresas que adquiriam o leite adulterado. Na manhã de hoje, sexta-feira, dia 31, o presidente da Cooperoeste Terra Viva, Celestino Persch, e o diretor financeiro da cooperativa, Aldo Postal, visitaram a redação do Jornal Gazeta Catarinense para esclarecer a situação.
Segundo Postal, a Cooperoeste Terra Viva adquire leite de várias empresas e cooperativas, mas o produto passa por um rigoroso controle de qualidade. Conforme ele, o leite adquirido vem com a aprovação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que faz análise do produto. Além disso, cita que a empresa também faz exames laboratoriais e, caso o produto não esteja em conformidade, é descartado. “Teoricamente deveríamos estar protegidos. Mas, como se sabe, essa adulteração era feita justamente com produtos para burlar as análises”, argumenta Postal. “Não compramos leite em uma bodega. Compramos um produto com inspeção federal”, complementa o presidente da Cooperativa, Celestino Persch.
Segundo Aldo Postal, a cooperativa comprava uma pequena quantidade de leite de apenas uma das empresas investigadas na operação, o que representaria menos de 2% da produção adquirida. Ele acrescenta que, após saber do ocorrido, a compra do leite da empresa investigada, de Formosa do Sul, foi imediatamente suspensa. A cooperativa também divulgou nota de esclarecimento sobre o caso, na qual esclarece não é alvo de investigação do Ministério Público, informando ainda que apoia as iniciativas contra fraudes no leite.
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