A Ingá Veículos, concessionária Mercedes-Benz em São Miguel do Oeste, implantou neste mês mais uma medida de preservação ambiental, com a instalação de uma Estação de Tratamento de Efluentes de Lavagens (Etel) para o tratamento e reutilização da água usada na oficina da empresa. “Toda água utilizada na oficina da Ingá é conduzida até uma unidade separadora de óleo. O óleo fica retido e o que sobra é água com detergentes e argilas. Essa segunda água recebe tratamentos físicos e químicos, em que são adicionados produtos que permitem retirar dela os detergentes e sujeiras. O que sobra é água pronta para o reuso”, explica a gerente administrativa e responsável ambiental da concessionária, Carin Silvana Coppini.
Conforme ela, a tecnologia da Etel vem de uma empresa paranaense. “É a mesma tecnologia aplicada para o reuso da água em Arenas de futebol construídas para Copa do Mundo. Exemplos de projetos da empresa são as Arenas Beira Rio, em Porto Alegre; Pantanal, em Cuiabá; Arena Castelão, Fortaleza e Arena Fonte Nova, Salvador”, revela. “Desconhecemos outras concessionárias de São Miguel que estejam fazendo tratamentos dos seus efluentes. Posso citar apenas as grandes Cooperativas e Frigoríficos, que por lei são obrigados a realizar o tratamento de seus efluentes”, complementa.
De acordo com a gerente, com a implantação da Etel, a empresa pretende tratar seis mil litros de água por dia, mas lembra que o sistema consegue tratar até 19 mil litros diariamente. Ela acrescenta que anteriormente à instalação, somente era separado a água do óleo. “Tanto a água quanto ao óleo ficavam armazenados em tanques, para posterior coleta das empresas certificadas, onde emitiam os certificados de coleta”, detalha.
Ela acrescenta que o investimento inicial é baixo em comparação aos benefícios gerados. “Foi basicamente a compra da estação e a contratação e capacitação de um operador para o sistema. Cerca de R$ 50 mil. Mas é importante dizer que os investimentos em qualidade não pararão. A Ingá já tinha um sistema de cisterna, onde captava a água da chuva e reutilizava em todos os banheiros e lavação de pisos e calçadas. A água potável era utilizada apenas nas torneiras da cozinha e pias de banheiros”, revela.
Carin destaca que o investimento é viável econÔmico e ambientalmente. “Sem dúvida. Esse é o principal quesito. O processo de redundãncia no uso da água gerou um ciclo próprio dentro da unidade da Ingá. Ou seja, para a finalidade de lavagem de peças, equipamentos e caminhões, a empresa nunca mais usará água que foi tratada para o consumo humano. E também com o reuso deixa de ter que armazenar para depois destinar a empresas certificadas onde o custo era considerável”, argumenta.
A gerente lembra ainda que a Ingá tem outros programas ambientais. Segundo ela, a instalação de uma ETEL na Ingá de São Miguel do Oeste, é um pequeno passo em comparação às políticas ambientais do Grupo Ingá. “Em todo Brasil, as concessionárias da Ingá estão se adequando a uma norma internacional para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo, é a ISO 14001. Essa norma é desenvolvida com objetivo de criar o equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental. Isto significa que estamos identificando todos os aspectos de nosso negócio que impactam o meio ambiente. E com esta iniciativa estamos envolvendo mais pessoas e entidades, pois para termos ISSO 14001, nossos clientes e fornecedores também tem que se adequar. Os fornecedores, principalmente, tem que ter certificação ambiental para nos fornecerem mercadorias e recolherem nossos resíduos”, finaliza.
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