A obra de recapeamento iniciada na semana passada na rodovia federal entre São Miguel do Oeste e Paraíso, deve custar R$ 1,5 milhões. Depois de uma matéria divulgada pela reportagem do jornal Gazeta Catarinense, na quarta-feira, dia 10, uma das responsáveis pelo núcleo de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Maria Helena Henriques Pereira, falou sobre o valor e respondeu alguns questionamentos que têm gerado polêmica e curiosidade entre a população, que acredita não haver necessidade da obra estar sendo realizada naquele trecho.
Conforme Maria Helena, na localidade houve corte de rochas, razão pela qual, segundo ela, existe necessidade de retadulamento dos cortes para evitar que hajam deslizamentos e que as rochas invadam a pista. “As rochas tem se movimentado na área. Por estarem muito próximas a pista há a necessidade de alargamento. Inclusive, por esta razão, foram registrados acidentes no local em 2002 com morte”, explica.
Maria Helena ainda comenta que durante a execução do trabalho de denotação para corte de rocha, e no próprio transporte do material, houve danos a estrutura das pistas. “É preciso que se considere, ainda, que a BR 282 trecho de São Miguel do Oeste a Paraíso também precisa estar preparada estruturalmente para o grande fluxo de veículos que se dará em pouco tempo. Como se sabe a Argentina já está executando o asfaltamento dos últimos 14 KM até a ponte sobre o Rio Peperiguaçu. Este será um dos principais corredores bioceãnicos para ligar os portos da Argentina aos portos do litoral catarinense”, argumenta.
Ao ser questionada sobre a possibilidade da obra fazer parte de algum projeto, Maria Helena afirmou que os trabalhos na área estão descritos no contrato de manutenção e que a obra terá um custo de R$ 1,5 milhões. A reportagem do Gazeta Catarinense ainda questionou a representante sobre o porquê do recapeamento estar sendo feito em uma localidade de ‘perfeitas condições de tráfego’ e não em localidades, a exemplo da BR 163, que possuem além de buracos, calombos, desnível na pista e remendos.
Maria Helena disse que, mesmo não sendo visível, a rodovia apresenta alguns danos. “Trata-se de uma obra concluída há cerca de cinco anos, sendo que a vida útil é de aproximadamente 10 anos. Portanto, a manutenção é fundamental para manter a rodovia em boas condições”, defende.
Segundo ela, atualmente está sendo feita uma operação tapa-buraco na BR 163 em razão dos estragos decorrentes das chuvas, mas que há planejamento para restauração completa na rodovia. “Estamos planejando para, na sequência, após a melhoria das condições de trafegabilidade, realizar um reparo em todas as rodovias”, disse ela sem responder se existe prazo ou não para esta ação.
deixe seu comentário