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Indústria tem pressa em acordo Mercosul-União Europeia

Última atualização 19 de maio de 2014 - 12:56:30

Florianópolis

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, estará em Paris, nessa terça-feira 20 de maio, com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José CÔrte, além de outros oito presidentes de federação e mais de 70 empresários brasileiros para o Fórum EconÔmico Brasil – França. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, participa do evento, que terá as presenças de dirigentes de Vale, Embraer, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Eletrobras e BNDES.

No encontro, a indústria brasileira defenderá a rápida conclusão do Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e a União Europeia para uma melhoria nas relações comerciais entre os dois países. Os empresários brasileiros temem que uma movimentação protecionista da agricultura francesa emperre as negociações do bloco. A França é uma grande beneficiária dos subsídios agrícolas europeus.

A Confederação entende que os dois países seriam beneficiados com o acordo pela a ampliação de seus mercados, com isenção de tarifas e redução de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias. Além disso, a indústria nacional tem grande interesse em diversificar a pauta de exportações para a França. O Brasil tem déficit comercial de US$ 3 bilhões com os franceses e uma pauta concentrada em produtos básicos. Em 2013, os manufaturados correspondiam a apenas 25% das vendas brasileiras para o país. No entanto, 98% das importações brasileiras da França são de produtos acabados.

Santa Catarina –Com uma balança comercial historicamente positiva, Santa Catarina viu em 2013 uma diminuição de 41% nas exportações para o país europeu, na comparação com 2012, para US$ 71,5 milhões. Na combinação com uma alta de 10,2% nas importações, na mesma base de comparação, para US$ 120,7 milhões, o ano passado fechou com saldo negativo de US$ 49,2 milhões no comércio entre o Estado e a França.

Entre os principais produtos embarcados em Santa Catarina rumo ao país europeu, se destacam os motores elétricos, os móveis de madeira e as autopeças. Nas importações, os principais produtos são os circuitos integrados, as ferramentas para cortar metais e os fios de fibras artificiais.

Clique aquipara mais dados da balança comercial com a França.

Energia– No setor de energia, o presidente da CNI lembra que até 2021, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia no Brasil será 50% superior ao de 2012. Para isso, serão necessários R$ 1 trilhão em investimentos em petróleo e gás, na geração de energia elétrica e em biocombustível. As expectativas de produção do pré-sal, a movimentação da cadeia do petróleo e gás, a retomada dos leilões dos blocos petróleo e gás natural formam um cenário favorável para investimentos no setor energético.

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