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Aumento na taxa de coleta de lixo gera reclamações e críticas

Última atualização 28 de março de 2014 - 08:00:25

SÃO MIGUEL DO OESTE

Os contribuintes de São Miguel do Oeste receberam com espanto o carnê do IPTU deste ano. Apesar reajuste anual do Imposto ter ficado em 5,6%, um aumento na taxa de coleta de lixo, cobrada no mesmo carnê, deixou salgada a conta para o contribuinte. É o caso de Maria de Lurdes Klein. Ela e o esposo possuem um bar e um bazar, na rua 15 de Novembro, próximo ao depósito dos Correios.

Segundo Maria de Lurdes, no carnê do ano passado o valor pago pela taxa de coleta de lixo foi de R$ 148,00, muito inferior aos os R$ 472,00 cobrados neste ano. O acréscimo representa um reajuste de 219%. “Isso é um assalto. Estamos sendo assaltados pela prefeitura”, protesta a senhora de 73 anos. “Eu e o meu marido mantemos essa atividade para não ficarmos parados, mas assim não dá mais, porque só trabalhamos para a prefeitura e para pagar impostos”, desabafa.

A reportagem do Gazeta Catarinense conversou com o secretário da Fazenda, Pedro De Conto. Segundo ele, o alto valor do reajuste se explica pelo fato da taxa de coleta de lixo ter sofrido uma defasagem muito grande ao longo dos anos. Ele argumenta que no ano passado o município arrecadou R$ 1.038.000,00 com o imposto, sendo que o pagamento dos custos com o lixo superou R$ 1,9 milhão, o que representou um déficit de R$ 900 mil. “Esse dinheiro precisamos tirar de outras áreas para pagar. É um valor que poderia ter sido aplicado em saúde ou educação”, argumenta.

Para este ano, com o novo reajuste, De Conto explica que os carnês lançados representam arrecadação de R$ 2.142.000,00, sendo que com a taxa de inadimplência, que sempre ocorre, a estimativa é de arrecadar em torno de R$ 1, 9 milhão. O secretário acrescenta que a previsão de gasto do município na coleta do lixo neste ano superará R$ 2 milhões. “Dessa forma conseguiremos ter certo equilíbrio”, finaliza.

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