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PARAÍSO
Pelo menos 600 botijões de gás de cozinha entram mensalmente de forma irregular através da ponte internacional, na divisa entre Brasil e Argentina, em Paraíso. É o que garante um leitor do jornal Gazeta Catarinense, que procurou a reportagem para denunciar o caso. O leitor procurou a reportagem após o jornal publicar na edição de quarta-feira, dia 16, matéria exclusiva referente ao crescimento do comércio de gás de cozinha clandestino na região, trazido de forma irregular da Argentina e vendido a valores muito abaixo do mercado nacional.
Segundo o leitor, que preferiu não se identificar, os botijões utilizados no processo são brasileiros e são recarregados nas proximidades da ponte internacional. Segundo ele, o processo ocorre no lado argentino. O leitor apresentou fotos feitas por ele há mais de seis meses, as quais mostram um local onde ocorria a recarga dos botijões. A foto mostra um homem retirando gás de um botijão argentino e enchendo outros de origem brasileira. Questionado o porquê de não denunciar o caso à época, o leitor diz que a situação é conhecida, mas que não são tomadas providências.
Ele revela que o antigo ponto fotografado fica a apenas 50 metros do posto da aduana, mas que agora a recarga acontece em outro ponto, mais afastado. Para o leitor, os consumidores estão sendo enganados, pois de um botijão argentino são feitos dois ou três dos comercializados para os brasileiros. Ele explica que é um negócio altamente rentável para os argentinos, pois o produto é subsidiado pelo governo argentino e tem custo muito baixo. “Por isso vendem tão barato”, finaliza.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal de Dionísio Cerqueira, que prometeu entrar em contato com as autoridades argentinas para que providências sejam tomadas. Uma maior fiscalização na área também deve ser realizada.
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