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Bate-boca provoca racha na bancada de situação na Câmara

Última atualização 16 de agosto de 2013 - 13:22:42

SÃO MIGUEL DO OESTE

Após mais de sete meses de tranquilidade, a Cãmara de Vereadores de São Miguel do Oeste teve o primeiro grande atrito nesta legislatura. Na sessão da última terça-feira, a vereadora líder do governo, Cristiane Massaro (PMDB), e o presidente da Casa, Valnir Scharnoski (PSD), tiveram um bate-boca acalorado durante a discussão de projeto sobre o repasse de recursos ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Extremo-oeste de Santa Catarina (CIS/Ameosc). Durante o bate-boca, Cris Massaro chegou a dizer que Scharnoski havia lhe ameaçado de “quebrar a cara”.

No dia de ontem, quinta-feira, Scharnoski negou que tenha feito ameaças a vereadora. “Estou no meu terceiro mandato e já tive discussões com outros vereadores no passado e nunca pensei e muito menos agredi alguém. Nem a um homem, muito menos a uma mulher. Quem conhece minha índole sabe disso”, disse. Quanto à polêmica, Scharnoski alegou que sua preocupação era de saber quais os critérios usados para decidir quem são os beneficiados pelo consórcio, o que lhe levou a representar o requerimento de informação.

Scharnoski diz ter suspeita de que esteja havendo direcionamento da distribuição das fichas para o CIS/Ameosc. Além disso, o vereador entende que a vereadora se precipitou em dizer que o projeto vai resolver os problemas da saúde de São Miguel do Oeste. “Não sei qual é o milagre que será feito, porque se com mais de R$ 1 milhão não se consegue solucionar, agora só com R$ 17 mil vai?”, questiona. O vereador disse ainda que o incidente já foi superado e que o fato não altera em nada o apoio ao governo de João Valar. “Da minha parte não vai mudar em nada. Sou um cara coerente e sei separar as coisas. Os problemas que acontecem na Cãmara não podem repercutir na Administração e muito menos na sociedade”, afirma.

Vereadora diz que povo vem em primeiro lugar

Na tarde de ontem, a reportagem do Gazeta Catarinense também conversou com a vereadora Cristiane Massaro. Ela disse que sempre age com respeito aos outros e espera o mesmo dos colegas vereadores. “Respeito o presidente e os outros vereadores, mas também quero ser respeitada. Não vou me curvar a caprichos de ninguém. Todos os vereadores devem cumprir o regimento da Cãmara, não só eu”, afirma.

Cristiane afirma que jamais disse que o projeto resolveria os problemas da saúde, mas melhoraria, pois defende que se hoje é possível fazer 500 procedimentos, agora essa quantia poderá ser dobrada. A vereadora acrescenta que o vereador poderia fazer um ofício requerendo as informações junto à secretaria competente, não sendo necessário fazer isso na Cãmara e atrasar a votação de um projeto importante. Cristiane disse que o por ter sido eleita pelo povo os interesses da população vêm antes de qualquer acordo com coligação. “Não posso pensar numa coligação. Antes de tudo está o povo”, justifica.

O vice-prefeito e presidente municipal do PSD, Wilson Trevisan, vê o atrito em os dois vereadores como uma questão isolada e natural de linhas de pensamento diferente. Trevisan entende que o incidente na provoca nenhum mal estar na coligação.

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