Três gaviões-asa-de-telha se revezam desde a tarde da última terça-feira na captura de aves que ameaçam pousos e decolagens no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville. A ameaça é representada especialmente por quero-queros que fazem seus ninhos no gramado em volta da pista. Há pelo menos 150, segundo o biólogo Paulo Vinícius Davanço, da Infraero.
O trabalho com os gaviões é uma das alternativas para espantar ou capturar as aves. A direção do terminal está colocando em prática o plano de manejo da fauna que começou a ser estudado em 2011 e deve culminar com a implantação de várias técnicas, que envolvem cães, aves de rapina, o corte da vegetação e até explosões controladas. Tudo para minimizar os riscos das colisões que ameaçam as operações e, em última instãncia, os passageiros das aeronaves.
O Aeroporto de Joinville é tricampeão de ocorrências de colisões entre aves e aviões. A estatística, reunida pelo Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mostra, no ano passado, a média de ocorrências a cada 10 mil voos foi de 53,2 acidentes. Só este ano, em números absolutos, já foram registrados 30 colisões.
— É um problema que afeta todos os aeroportos do mundo. E o nosso trabalho é minimizar os riscos — disse ontem à tarde o superintendente Rones rubens Heidemann.
Nas primeiras horas de trabalho com os gaviões, foram capturados 22 quero-queros. Eles serão identificados com anilhas e, depois, soltos nos campos acima da Serra do Mar, em Campo Alegre.
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