Subiu para 11 o número de pessoas mortas por gripe A em Santa Catarina em 2013. A última morte foi confirmada na madrugada desta quarta-feira (24). Trata-se de um morador de Chapecó, no Oeste do estado. Até julho deste ano, Santa Catarina registrou 188 casos de gripe A.
No mesmo período do ano passado, foram 919 casos e 72 mortes.Mas devido ao frio intenso, existe um alerta da Vigilãncia Epidemiológica no estado, já que as temperaturas baixas e a aglomeração em lugares fechados facilitam o aparecimento de doenças respiratórias. Apreocupação é principalmente com a gripe A (veja vídeo).
“Anualmente, a sazonalidade pode ocorrer em períodos diferentes. No ano passado, foi um pouco mais cedo porque o frio chegou mais cedo. Esse ano, o frio chegando um pouquinho mais tarde, os casos podem aumentar a partir de agora”, afirmaFábio Gaudenzi, diretor da Vigilãncia Epidemiológica de Santa Catarina.
O médico pneumologista Alberto Chterpensque explica a diferença entre os problemas de saúde que costumam afetar a população nessa época do ano. “A mais leve dessas infecções é o resfriado comum, que é causado por um determinado vírus que compromete apenas as vias aéreas superiores, tipo nariz, ouvido e garganta. E na gripe, a pessoa costuma ter dor de cabeça, febre, calafrios, podendo evoluir como complicação em uma pneumonia”, informa.
O inverno é a estação do ano mais favorável para o surgimento de infecções respiratórias, mas o problema não está exatamente no ar frio nas ruas, e sim nos ambientes fechados, onde os vírus se concentram e se propagam.O pneumologista afirma que os vírus da gripe estão presentes em todas as estações do ano e as infecções nada têm a ver com as condições atmosféricas, mas com o contágio de uma pessoa para outra.
“Isso é o que a gente chama de lenda urbana e já é tradicional. As pessoas pensam que a doença, como a gripe e o resfriado, vem do frio por si só. Na verdade, não é o frio que traz a doença. É que o frio faz com que as pessoas fiquem em ambientes confinados. E em um ambiente confinado, qualquer doença respiratória infecciosa é transmitida muito facilmente”, enfatiza.
Cuidados
Além de vários outros cuidados que podem ajudar a preservar a saúde. “É preciso ventilar adequadamente esses ambientes. Outra coisa que pode ser feita é, quando uma pessoa está gripada, fazer o que a gente chama de protocolo da tosse, que é, entre outras coisas, por exemplo, cobrir o rosto na hora de tossir, utilizar um lenço, lavar as mãos com bastante frequência ou com sabonete ou utilizando o álcool gel. Isso diminui a propagação do vírus da gripe”, conclui.
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