Ontem, quinta-feira, cerca de 4,7 mil pessoas saíram às ruas de Santa Catarina para protestar principalmente contra as tarifas do transporte público. Ao todo, sete cidades tiverem manifestações, todas elas pacíficas.
Com paralisações na frente de prédios públicos e vaias ao prefeito Cesar Souza Junior, manifestantes fizeram na noite destaquinta-feira o quarto protesto desde a semana passada em Florianópolis. Desta vez, o número de participantes caiu em relação aos anteriores e a Polícia Militar calculou o público em 1,2 mil pessoas na Capital.
O caráter pacífico mais uma vez marcou a passeata formada pelo Movimento Passe Livre (MPL) e pela Frente de Luta pelo Transporte. A PM que acompanhou os manifestantes, estimava antes que cerca de 5 a 10 mil pessoas participassem, o que não se confirmou.
A redução da tarifa e o passe livre foram novamente principais reivindicações. Às 20h30min, manifestantes colocaram um pano preto em frente à prefeitura. “Ei, Cesar, vai pegar busão”, gritavam.
O ato começou no final da tarde no Terminal de Integração do Centro (Ticen) e terminou no mesmo lugar perto das 21h, com estudantes pulando as catracas. Líderes afirmaram que irão continuar protestando até que haja a conquista. Sábado, às 13h, no Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os manifestantes se reunirão para avaliar o andamento dos protestos e definir novos rumos.
Trabalhadores dos Ônibus aderiram ao protesto
Além de estudantes, outras categorias aderiram ao movimento. Logo no começo, um carro do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região foi visto deixando pessoas na concentração do Ticen. Depois, dirigentes do Sintraturb (motoristas e cobradores de Ônibus) aderiram à caminhada pelas ruas. Horas antes, os trabalhadores do sistema de transporte urbano haviam participado de assembleia, em que discutiram a negociação salarial em andamento. Eles resolveram não deflagrar nova paralisação do serviço.
A marcha, que durou quatro horas, percorreu o Centro da Capital e as Avenidas Mauro Ramos e Beira-Mar Norte, deixando o trãnsito lento à noite, mas sem grandes transtornos.
Outros protestos em SC
Em Palhoça, na Grande Florianópolis, e em Blumenau, no Vale do Itajaí, as convocações de manifestantes não surtiram efeito na quinta-feira. Os protestos, marcados para o início da noite, não ganharam as ruas pela baixa adesão do público.
Em Chapecó, no Oeste do Estado, cerca de 2 mil pessoas participaram de protesto contra o preço das passagens do transporte coletivo na manhã desta quinta. Com cartazes e faixas, os manifestantes reivindicaram a redução de tarifa, o passe livre nos Ônibus e o aumento no número de viagens feitas pelos veículos na cidade.
O protesto começou por volta de 8h30min, na Praça Coronel Ernesto Bertaso. A passeata passou pela Avenida Getúlio Vargas e fez uma parada em frente à prefeitura. Na sequência, o grupo seguiu até o Terminal Urbano de Passageiros, no Centro, onde a mobilização pacífica foi encerrada.
Também no Oeste, em São Carlos, cerca de 300 pessoas saíram às ruaspara protestar contra as condições da SC-283. Elas chegaram a trancar a ponte que divide os municípios de São Carlos e Águas de Chapecó. O trãnsito ficou interrompido das 9h30min até as 11h30min e apenas ambulãncias conseguiam passar pelo trecho.
Em Joaçaba, no Meio-Oeste, a manifestação realizada nesta quinta-feira contou com o coro de aproximadamente 800 participantes, segundo estimativa da Polícia Militar, que pediam melhorias nos serviços públicos. No Sul, Tubarão registrou mobilização, mas com a presença de 10 pessoas, conforme a PM.
No Norte do Estado, cerca de 300 pessoas participaram de um protesto na Rua 28 de Agosto, no Centro de Guaramirim. Entre as reivindicações estavam a conclusão das obras do Centro de Educação Profissionalizante (Cedup) na cidade, que ficou para 2014, além das solicitações como a redução no valor do transporte coletivo e melhorias na saúde e educação.
Em Jaraguá do Sul, também houve um protesto durante a sessão da Cãmara, no começo da noite, com a participação de cerca de 100 manifestantes que, com cartazes em mãos, demostravam contrariedade ao projeto do Legislativo de construção de uma novo espaço que no futuro possa abrigar 19 e não o número atual de 11 vereadores.
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