xemplo na coleta de lixo, Santa Catarina tem um dos piores sistemas de saneamento básico do Brasil. Segundo dados da Casan, atualmente, apenas 12% da população catarinense é atendida pela rede de coleta e tratamento de esgoto. Na área de atuação da empresa, em 200 municípios do estado, o indíce é um pouco maior – cerca de 18.2%. A partir deste ano, porém, a Casan planeja ampliar a cobertura e o tratamento, passando dos atuais 17% para 45%. A Capital receberá o maior volume de investimentos, cerca de R$ 400 milhões. A meta é passar de 55% para 75%.
Técnicos do setor afirmam que o grande problema do saneamento básico é que “esgoto é um investimento caro que não aparece”. A Casan afirma que o governo federal ficou anos sem enviar praticamente nenhum recurso para o setor. Somente em 2007, com a criação do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e da lei geral do Saneamento Básico, que o investimento foi retomado.
O presidente da Casan, Dalirio Beber, considera que o investimento na ampliação e instalação de redes de esgoto constitui uma forma de desenvolvimento sustentável. “A natureza tem que ser preservada. Se nós quisermos continuar tendo água para o consumo humano, temos que saber tratar o esgoto. Como a nossa empresa se propõe a fornecer água de qualidade às populações urbanas dos municípios parceiros, temos que, pelo menos, fazer com que o esgotamento sanitário produzido por esta mesma população, não impacte o sistema que nos abastece”, disse ele.
Pelo menos os 30 maiores municípios do estado, que fazem parte da área de atuação da Casan, já estão recebendo investimentos. O recurso assegurado é de R$ 1,5 bilhão, fruto de financiamentos nacionais e internacionais.
A Fatma também deve contribuir para a melhora da coleta adequada de esgoto, através de uma campanha educacional que será lançada no próximo dia 25, planejada em conjunto com a Associação de Moradores da Lagoa da Conceição. Uma cartilha educativa, sobre saneamento básico, deve começar a ser distribuída. O material vai explicar como fazer uma coleta adequada. Desde fevereiro, a Fundação do Meio Ambiente vem realizando uma força-tarefa para identificar ligações clandestinas de esgoto, e punir os responsáveis. Até agora foram feitas 40 vistorias que resultaram em seis autuações.
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