Para quem projetava descontar contra a Portuguesa os pontos perdidos em casa para o Bahia, o Inter foi frustrante no Canindé. A equipe de Dunga não teve forças para vencer a Portuguesa, com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo, e o empate em 1 a 1 manterá o Inter ainda fora do G-4 do Brasileirão e com apenas cinco pontos. Antes do recesso para a Copa das Confederações, o Inter enfrentará o Cruzeiro, na Arena do Jacaré.
Em busca de maior poderio ofensivo, e sem Diego Forlán, a serviço da seleção uruguaia, Dunga escalou Otávio e mexeu no sistema de jogo, deixando a equipe com três armadores (Fred, D'Alessandro e Otávio) mais Rafael Moura na frente.
Nos primeiros minutos, a modificação não deu certo. A Portuguesa avançava com certa facilidade sobre a defesa colorada e Muriel havia se transformado em míssil antiaéreo contra os cruzamentos para a área. Antes dos cinco minutos, os donos da casa chegaram a encurralar o Inter e pressionar, obtendo três escanteios. Aos 22, Diogo, de cabeça, só não marcou porque Muriel fez uma grande defesa.
O Inter tentava atacar, sem sucesso. Tudo mudou a partir dos 24 minutos. Otávio fez jogada de ponta-esquerda, cruzou tirando a bola do raio de ação de Gledson, e encontrou Rafael Moura entrando às costas de Valdomiro. O centroavante cabeceou para o gol e voltou a marcar após 86 dias _ o seu último gol havia sido na goleada por 5 a 0 sobre o São Luiz, na final da Taça Piratini. Na comemoração, Moura fez o gesto de quem espanta o mau-olhado, com as mãos limpando o corpo.
A partir do gol, o Inter ganhou confiança e passou a dominar as ações no jogo. Willians fez um lançamento de quase 30 metros para Otávio, que invadiu a área e bateu para a defesa de Gledson. Àquela altura, seria o gol do jogo. Até o final do primeiro tempo, o Inter parou a Portuguesa, que não conseguiu reagir.
_ Tenho a confiança de todo mundo, uma hora o gol iria sair _ desabafou Moura, no intervalo.
O Inter começou melhor o segundo tempo, mas foi surpreendido pela Portuguesa em uma jogada isolada. Aos nove minutos, Souza cruzou na área, a defesa ficou assistindo à bola viajar pela área até que Cañete surgiu livre para marcar de cabeça. O Inter, que estava bem na partida, dava nova vida aos donos da casa.
O empate deu moral à Portuguesa que, percebendo a fragilidade da defesa na bola aérea, abusava dos cruzamentos. Rafael Moura, em tentativa de auxiliar a zaga, cabeceou para trás e mandou na trave de Muriel.
Com dificuldades para atacar, o Inter foi beneficiado pela expulsão de Ferdinando, aos 22 minutos, ao atingir Willians no rosto. Na sequência, Fred bateu forte ao gol e Gledson defendeu. Mesmo com um jogador a mais em campo, a equipe de Dunga tinha dificuldade para finalizar. Com os ingressos de Gilberto e de Dátolo, o técnico tentava a vitória. Aos 38, Willians cruzou na área e Dátolo por pouco não marcou, em cabeceio. Apesar do esforço, o Inter não teve forças para vencer a Portuguesa. Mesmo com um jogador a mais durante 27 minutos.
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