Cinco anos após o início da crise econÔmica mundial, a geração de empregos ainda senteseus efeitos negativos, aponta relatório daOrganização Internacional do Trabalho(OIT). Conforme o relatórioO Mundo do Trabalho 2013: Reparando o Tecido EconÔmico e Social,divulgado nesta segunda-feira, a expectativa é que os atuais 200 milhões de desempregados cheguem a 208 milhões em 2015. Na última semana, apenas a União Europeia registrou 26,5 milhões dedesempregados.
“A situação em alguns países europeus, em particular, está começando a forçar o seu tecido econÔmico e social. Precisamos de uma recuperação global, focada em empregos e investimentos produtivos, combinada com melhor proteção social para os grupos mais pobres e vulneráveis”, disse, em nota, o diretor-geral da OIT,Guy Ryder. Em relação aos países desenvolvidos, constatou-se que a desigualdade de renda da população aumentou nos últimos dois anos. A principal justificativa foi o crescimento dos níveis de desemprego no mundo.
Segundo a OIT, apenas um terço dos investimentos globais em 2012 foram feitos por países de alta renda. Os países emergentes, em comparação, foram os responsáveis por mais de 47% dos investimentos no mesmo ano. Como consequência desse cenário, a OIT regista um situação menos preocupante nos países em desenvolvimento. De acordo com o documento, na América Latina e no Caribe, registrou-se em 2012 taxa de emprego, em média, apenas 1% superior à de 2008, ano anterior à crise. Na região, essa taxa atingiu 57,1% ao fim de 2012.
“Nos países em desenvolvimento, o desafio mais importante é consolidar os recentes progressos na redução da pobreza e da desigualdade”, informou, em nota, o coordenador do relatório, o diretor do Instituto Internacional de Estudos de Trabalho da OIT, Raymond Torres
Sobre o Brasil, um dos destaques da organização no relatório foi o crescimento de 16% da classe média entre 1999 e 2010. Segundo a OIT, isso ocorreu devido ao fortalecimento do salário mínimo e do Programa Bolsa Família. Essas duas políticas, para a organização, explicam a redução da pobreza no país e o fortalecimento da economia nacional. Como desafios, a OIT citou a redução dos postos informais de trabalho, o aumento da produtividade, o aumento dos investimentos e o crescimento dos salários acima da inflação.
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