A onda de ataques levou o governo estadual a autorizar contratações. Será aberto aberto concurso público para 1,5 mil policiais militares e 300 agentes penitenciários.
A falta de equipe é uma das reclamações das forças de segurança pública. O governador Raimundo Colombodisse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, que integrado integrar este reforço ao efetivo ainda neste ano.
Outro anúncio é que após 81 dias, o governo catarinense decidiu aceitar a oferta de Brasília e transferir para o sistema penitenciário federal os responsáveis pelas duas ondas de ataques ao Estado. O líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) vão cumprir pena no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que determina uma série de restrições. Não foi divulgado quantos detentos serão encaminhados e quando isto vai ocorrer.
A possibilidade de transferência foi oferecida desde a primeira onda de violência, em novembro do ano passado. O secretário de Segurança Pública, César Grubba, disse que Santa Catarina tem 30 vagas. Por motivo de segurança, não foi revelado quando devem ocorrer as remoções.
O sistema penitenciário federal dispõe de quatro unidades: Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Isto significa que nenhum líder do PGC ficará a menos de 785 quilÔmetros de São Pedro de Alcãntara, onde fica o comando da organização criminosa. Os transferidos estarão em penitenciárias com rígido controle e de segurança máxima. Já houve uma tentativa frustrada de resgate na unidade Campo Grande, onde estavam Fernandinho Beiramar e Juan Carlos Abadía.
A transferência para penitenciárias federais divide opiniões. A Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina (OAB) defende a medida. Em nota oficial, a instituição informou que remoção é necessária porque os cidadãos não podem continuar reféns da criminalidade. Setores da Polícia Militar e do Departamento de Administração Prisional são contrários por entender que os detentos terão contato com facções de outros estados, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital.
Especialistas concordam que Santa Catarina não pode ficar parada enquanto os detentos estão afastados. Defendem a construção de uma unidade prisional para isolar estes criminosos depois do retorno ao Estado.
Em cinco dias, a ordens destes presos levaram a 50 atentados em Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar, as ocorrências aconteceram em 16 municípios do Estado. O último ataque ocorreu por volta das 9h desta segunda-feira em São José, na Grande Florianópolis, quando o banheiro de uma loja de móveis e eletrodomésticos foi incendiado.
Funcionários da loja perceberam a fumaça que saia do banheiro e usaram extintores de incêndio para apagar as chamas, conforme informações da Polícia Militar. Ninguém saiu ferido. A PM informou ainda que foram encontrados no local algumas garrafas pets contendo gasolina, artefatos que se assemelham aos utilizados nos ataques a Ônibus no Estado.
Pouco antes, umataque foi registrado emJoinville, por volta das 8h30 desta segunda-feira.Segundo informações da PM, um coquetel molotovfoi jogado para dentro de umveículo, que pegou fogo.
Em Navegantes, um Ônibus que estava estacionado na Rua Valério Largura, Bairro Meia Praia, foi incendiado, às 0h44. O veículo ficou totalmente destruído.
Na noite do domingo, outro Ônibus foi alvo de tiros quando passava pela localidade do Brejo, no Bairro Cordeiros, em Itajaí. Ninguém ficou ferido.
Em São José, a base da Guarda Municipal, no Bairro Areias, foi atingida por tiros por volta das 21h do domingo. Houve tiroteio entre a PM e o suspeito dos disparos. O adolescente, que não teve idade revelada, foi atingido e encaminhado para o Hospital Celso Ramos, no Centro de Florianópolis.
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