Representantes dos empregadores e dos trabalhadores de Santa Catarina devem entregar nesta semana o acordo formalizado entre as partes sobre o reajuste do mínimo salarial. O acordo foi formalizado na terça-feira (15) em reunião entre representantes das categorias envolvidas.
Segundo a proposta, a primeira faixa do mínimo catarinense terá correção de 9,28% e passa a R$ 765. A segunda, subiu 9,37% e o menor salário será de R$ 79. A terceira faixa, subiu para R$ 835, um ajuste de 9,29%. No último caso, o reajuste também fica em 9,37% e o valor mínimo pago aos trabalhadores, em R$ 875.
A atualização será retroativa ao mês de janeiro de 2013, a partir do momento em que a proposta for aprovada pela Assembleia Legislativa catarinense. Para isso, o governador do estado terá que encaminhar um projeto de lei para análise dos deputados. Segundo a assessoria de imprensa de Raimundo Colombo, até 11h45 desta quarta-feira (16), não havia informação sobre a data da audiência com as partes envolvidas.
O presidente da Cãmara de Relações Trabalhistas da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Durval Marcatto Júnior, explicou que o reajuste está acima do aumento do salário mínimo nacional, que foi de 9%. “São pouquíssimos os trabalhadores que recebem salário mínimo no estado. A leitura que nós fazemos é que afeta mais diretamente determinadas categorias. Estes valores acabam sendo um referencial”, comentou Marcatto.
Segundo a Fiesc, este é o terceiro ano consecutivo em que representantes dos trabalhadores e empresários negociam os pisos salariais em conjunto. A última negociação teve quatro rodadas para definir o valor que seria aplicado neste ano.
O coordenador sindical do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SocioeconÔmicos (Dieese), Ivo Castanheira, considerou que a negociação é um dos momentos mais importantes do movimento sindical, tanto para trabalhadores, quanto para empresários. Ele destacou como diferencial o fato de que, em Santa Catarina, as negociações são conduzidas diretamente entre trabalhadores e empregadores.
Marcatto explicou que, nas outras unidades da federação que estabelecem isto, a determinação dos valores é feita pelos poderes executivos que repassam a proposta para as Assembleias Legislativas. Além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro também estabelecem pisos específicos para o estado.
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