As entidades do setor imobiliário não possuem dados precisos sobre a oferta de imóveis para aluguel de temporada no Estado, mas o Sindicato dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Sindimóveis-SC) estima que o crescimento anual na oferta seja na ordem de 15%, principalmente nas cidades litorãneas que não eram tão procuradas na última década, como os municípios da Costa Esmeralda.
—Além do apelo natural, há incremento nos balneários por parte das administrações municipais, apesar de não estarmos nem perto do que podemos oferecer em termos de infraestrutura— explica o presidente do Sindimóveis-SC, AntÔnio Moser.
Apenas em Balneário Camboriú, foram entregues 1 mil novos imóveis neste ano, de acordo com o Sindicato das Empresas de Administração de Imóveis e Condomínios de Santa Catarina (Secovi-SC). Para conhecer melhor a oferta de aluguéis para a temporada, uma pesquisa começará a ser feita pela entidade na cidade, explica Guilherme Alan Noro, do departamento de pesquisa. Exemplo das novidades são os imóveis à beira da praia de Mariscal, em Bombinhas, local procurado principalmente por jovens.
Dez dias de camping por R$ 900
Não é apenas o aluguel de temporada de imóveis que está alto. Para quem associa o campismo como uma opção de curtir as férias gastando pouco, precisa conhecer alternativas com conforto e infraestrutura como o Paraíso Tropical. O complexo instalado estrategicamente entre a movimentada praia de Mariscal e a serena Zimbros começou com um espaço para camping e quatro chalés, em 1991.
Hoje, são 26 apartamentos, quatro chalés e área para receber 77 barracas e motor-home. O ambiente onde predomina a convivência de famílias, há estrutura de energia, água e sanitários.
O pacote mais caro para a alta temporada— entre 22 de dezembro e 8 de fevereiro— é o das plataformas para camping. Na semana entre o Natal e o Ano Novo, o pacote para 10 dias custa R$ 900, mas todas as datas já estão bloqueadas e há vagas apenas para a última semana deste período.
Casarões de Bombinhas fazem sucesso
Esta será a primeira temporada de locação para uma das casas que fica de frente para o mar de Mariscal, em Bombinhas. Reformada neste ano, a estrutura de cinco suítes no segundo piso e um térreo com cozinha e salas de estar, tv e de jantar integradas, está disponível por diárias de R$ 1,9 mil e pacote mínimo de 10 dias. O preço e o espaço interno é o mesmo de um imóvel localizado na Avenida dos Búzios, em Jurerê Internacional, a principal do balneário disputado por estrelas e personalidades internacionais.
O corretor Fabiano Claudino Vargas, que atua na região, explica que a procura nas praias da cidade é grande e há reservas feitas até o fim de janeiro em grande parte das casas.
—Não fica nenhum imóvel vazio durante a temporada de verão, que dura cerca de 40 dias. Os paranaenses, paulistas, cariocas e brasilienses são os públicos que mais procuram a região para ficar durante as férias— conta ele, enquanto uma empregada termina de limpar o imóvel para entregá-lo nos próximos dias para uma família de brasilienses.
No balneário de Zimbros, também em Bombinhas, há imóvel com diária de R$ 1,5 mil e que também exige período mínimo de 10 dias. Um exemplo é uma casa com oito quartos— entre 12 e 20 metros quadrados cada —, terraço, garagem para embarcações e duas churrasqueiras, além de cozinhas e salas conjugadas.
Toda essa estrutura pode ser subdividida para receber duas famílias ou grupos de amigos, com entradas independentes. Na avaliação do presidente do Sindimóveis-SC, AntÔnio Moser, a procura por imóveis como esse e em locais menos movimentados no passado fez com que o preço das diárias subisse.
—Os atrativos da natureza na região têm sido usados como um importante argumento pelo mercado imobiliário na região litorãnea. E a vinda de turistas tem feito com que o poder público melhore também a estrutura, como o calçamento das principais ruas de acesso às praias, no caso de Bombinhas— aponta Moser.
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