Funcionários do Frigorífico Diplomata estão acampados em frente à sede da empresa em Capanema, no Paraná, para protestar contra a falta de pagamento dos salários. Os criadores integrados ao matadouro também passam por dificuldades já que não recebem o dinheiro e a ração para alimentar as aves.
A sede do frigorífico em Capanema está fechada. Poucos funcionários da administração têm permissão para entrar no local. Os antigos vigias foram dispensados e há guardas armados na portaria. Do lado de fora, os funcionários, revoltados com a falta de pagamento dos salários desde novembro, estão acampados em frente à empresa há duas semanas. Na quarta-feira (26), o grupo trancou a BR-163 durante 30 minutos.
A Diplomata já fechou os frigoríficos de Xaxim, em Santa Catarina, e as unidades de Londrina, de Mandirituba e, agora, de Capanema, no Paraná. Cinco mil trabalhadores ficaram sem emprego. A empresa está em recuperação judicial desde o início de agosto, quando apresentou um plano pra evitar a falência, mas não vem conseguindo manter as contas em dia.
A administração da Diplomata pediu apoio do Polícia Militar para conseguir retirar do frigorífico cerca de 180 toneladas de carne de frango que estão estragando dentro da unidade. Há quase uma semana as cãmaras frias estão desligadas. A energia da empresa foi cortada sexta-feira (21) por falta de pagamento.
Por causa da greve dos funcionários, o frigorífico fechou antes do previsto e ainda há milhares de frangos nos aviários. Por falta de ração muitas aves estão morrendo de fome.
As dívidas do frigorífico Diplomata passam de R$ 600 milhões. A empresa informou que aguarda a Justiça liberar o dinheiro retido em uma conta, que seria suficiente para pagar os funcionários e as dívidas com os fornecedores.
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