A Polícia Civil encerrou na última sexta-feira, dia 30, o inquérito sobre o caso do professor de São Miguel do Oeste preso no início de novembro por prática de pedofilia. A prisão ocorreu após o professor de 37 anos perder uma com fotos e documentos pornográficos envolvendo crianças. O professor, que também atua como tatuador, foi indiciado pelos crimes de estupro contra criança e posse de material pornográfico infanto-juvenil, sendo que ambos os crimes configuram pedofilia.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Lisiane Junges, o inquérito já foi encaminhado ao Fórum, pois os trabalhos da Polícia Civil já haviam sido encerrados. Segundo ela, o que falta são os laudos periciais, que são providenciados pelo IGP. Ela acrescenta que assim que os laudos chegarem, caso houver algo novo, a Polícia Civil volta a trabalhar no caso.
A delegada acrescenta que após as investigações o número de vítimas segue sendo nove, as quais mantêm as acusações contra o professor, que, por sua vez, nega as acusações de estupro, mas confirma que o material pornográfico encontrado pertencia a ele. Lisiane acrescenta que o indiciamento é fundamentado nos depoimentos das nove vítimas, além de outros alunos da escola, que confirmaram um comportamento estranho do professor no convívio com as meninas.
De acordo com a delegada, os crimes dos quais o professor é acusado têm penas que variam de oito a 15 anos de reclusão, no caso do estupro, e de um a quatro anos por possuir material pornográfico infanto-juvenil. A perícia ainda não foi concluída nos computadores apreendidos com o professor. A delegada acredita que talvez nesta semana receba o laudo sobre a perícia em DVDs apreendidos.
A prisão do professor ocorreu no dia 9 de novembro em uma escola estadual de Barra Bonita, após ele perder uma pasta contendo material pornográfico envolvendo crianças. Em virtude da agressividade das fotos expostas no material, a pessoa que localizou a pasta contatou a Polícia Civil, que realizou buscas na casa do professor e apreendeu farto material pornográfico, novamente com cenas de abuso e violência sexual explícita contra crianças e adolescentes.
A partir disso, foi investigado também o ambiente em que o professor mantinha vínculo. Na investigação foi constatado que já havia sido registrada recentemente uma denúncia por abuso, denunciado por alunas da escola onde o professor lecionava como contratado desde janeiro. Ao menos nove vítimas de11 a14 anos prestaram queixa contra o professor. O material pornográfico não envolve pessoas da região ou das supostas vítimas.
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