Deixar o motor do carro desligar ou manter o pé em cima da embreagem são coisas simples se comparadas ao nervosismo que o candidato a motorista sente na hora de fazer a prova do Departamento Estadual de Trãnsito (Detran). Instrutores de autoescolas de Florianópolis e um psicólogo do trãnsito acreditam que o grande vilão do aluno que faz pela primeira vez o teste são os nervos à flor da pele.
Apesar de cada pessoa encarar os minutos de avaliação à sua maneira, há possibilidade de driblar a ansiedade e melhorar o desempenho no dia da prova.
O psicólogo e perito examinador de trãnsito do Detran, Jacinto Pereira, explica que o nervosismo se dá em função do aluno lidar com uma situação que não tem domínio, que lhe é desconhecida. Ele acredita que existe uma relação direta entre esse nervosismo e o treinamento adequado das pessoas nas aulas da autoescola, que vão aparecer no resultado do teste do Detran.
– Existem pessoas que demandam um número maior de aulas do que outras. Sugiro que elas ampliem o tempo de permanência nas aulas práticas para, na hora do teste, darem uma resposta adequada – diz.
Alex Amorim, 25 anos, já se sente seguro em dirigir no trãnsito da Capital, ainda que esteja apenas na sexta aula prática de direção. O pouco que aprendeu sobre dirigir um carro antes de entrar na autoescola foi quando tirava o veículo do pai da garagem, ou dava voltas com os amigos.
– Acho que as manobras, como parar o carro e saber onde estacionar é o que mais “pega” pra quem está começando – afirma.
Enquanto realiza as aulas práticas, Alex prefere não pensar na prova do Detran. Melhor é planejar a compra do primeiro carro, que deverá ser feita após passar no teste.
– Não gosto de ficar pensando na prova. Melhor é fazer as aulas com tranquilidade para chegar no teste mais calmo – ressalta.
Fazer o teste prático com tranquilidadeajuda na aprovação
Cyntya Suellen Virgílio, 26, montou uma estratégia inconsciente para driblar o nervosismo. Marcou a prova no Detran para ter uma experiência, em agosto. Ao final da avaliação, surpreendeu-se com o resultado. Foi aprovada e não perdeu pontos nas etapas do percurso.
– Fui bem segura porque na minha cabeça iria fazer para ver como ela era. Isso me ajudou bastante a não ficar tão nervosa, já que não fui me cobrando para passar no teste – explica.
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