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Interceptada ligação entre presos mandando parar ataques

Última atualização 19 de novembro de 2012 - 08:31:11

A diminuição no número atentados em Santa Catarina teve a mesma origem do começo dos ataques: o sistema prisional, por meio de um “salve”. É o que aparece em uma gravação telefÔnica de 15 de novembro, interceptada pelo aparato de segurança. O diálogo entre dois criminosos foi travado na última quinta-feira, e os presos ressaltam que a determinação vale para dentro das cadeias e “lá fora foi passado que é o seguinte, sabe como é que é…”.

A expressão foi interpretada como uma decisão de manter os ataques fora do sistema prisional, mas com menor intensidade. Interromper a mobilização somente dentro das cadeias, onde os detentos estariam em greve de fome. A gravação também mostra o poder articulação e disseminação de informações entre os presos.

Num determinado trecho, um dos criminosos menciona a possibilidade de as visitas não serem permitidas por causa do trabalho de autoridades em apurar possíveis torturas, numa mensagem que remete à situação de São Pedro de Alcãntara. Uma força-tarefa da Polícia Civil, Ministério Público e Justiça encaminhou 69 detentos para exames que detectam agressões.

Pelo conteúdo da ligação, o preso que inicia a conversa liga de Blumenau. Não foi descoberto o lugar onde está a pessoa do outro lado da linha. A identidade de ambos também permanece desconhecida. O detento que assume o rumo da conversa parece ter ascendência ou ocupar posição maior na hierarquia e repassa elogios de Rodrigo da Pedra, um dos homens apontados como responsáveis pelos ataques.

O diálogo mostra ainda a facilidade de comunicação dentro do sistema prisional. Um criminoso avisa que na sequência vai passar o “salve” para a pública (Complexo da AgronÔmica, em Florianópolis). O interlocutor se compromete a enviar a mensagem aos integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) que estão no Presídio de Biguaçu.

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