A expressão foi interpretada como uma decisão de manter os ataques fora do sistema prisional, mas com menor intensidade. Interromper a mobilização somente dentro das cadeias, onde os detentos estariam em greve de fome. A gravação também mostra o poder articulação e disseminação de informações entre os presos.
Num determinado trecho, um dos criminosos menciona a possibilidade de as visitas não serem permitidas por causa do trabalho de autoridades em apurar possíveis torturas, numa mensagem que remete à situação de São Pedro de Alcãntara. Uma força-tarefa da Polícia Civil, Ministério Público e Justiça encaminhou 69 detentos para exames que detectam agressões.
Pelo conteúdo da ligação, o preso que inicia a conversa liga de Blumenau. Não foi descoberto o lugar onde está a pessoa do outro lado da linha. A identidade de ambos também permanece desconhecida. O detento que assume o rumo da conversa parece ter ascendência ou ocupar posição maior na hierarquia e repassa elogios de Rodrigo da Pedra, um dos homens apontados como responsáveis pelos ataques.
O diálogo mostra ainda a facilidade de comunicação dentro do sistema prisional. Um criminoso avisa que na sequência vai passar o “salve” para a pública (Complexo da AgronÔmica, em Florianópolis). O interlocutor se compromete a enviar a mensagem aos integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) que estão no Presídio de Biguaçu.
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