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Dilma diz que combate à corrupção no Brasil é prática de Estado

Última atualização 7 de novembro de 2012 - 15:26:29

Brasília – Ao participar hoje (7) da abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, a presidenta Dilma Rousseff destacou que o combate à corrupção no Brasil é uma prática de Estado que conta com mecanismos sólidos, como uma Polícia Federal atuante, órgãos como a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, além de uma imprensa livre.

A presidenta ressaltou a importãncia dos mecanismos de transparência do governo. “Queria destacar a recente aprovação da Lei de Acesso à Informação que acreditamos ser uma da mais avançadas do mundo porque sujeita todos os entes ao amplo acesso aos dados da gestão, dos gastos, dos históricos”, disse.

Sobre a imprensa, Dilma voltou a dizer que “mesmo quando há exageros”, é “sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio tumular das ditaduras”.

Além disso, a presidenta defendeu aumento da regulação e transparência das transações financeiras internacionais. Segundo ela, sem o devido controle, esses fluxos estão sujeitos a manipulações com risco para os empregos dos que vivem nos países mais pobres.

Ela disse ainda que o discurso anticorrupção deve valorizar a ética e o conflito democrático. “[Ele] não pode se confundir com o discurso antipolítica ou antiestado que serve a poucos interesses, deve, ao contrário, valorizar a ética e o conflito democrático, deve conhecer o papel do Estado. O Estado é destinatário privilegiado das mobilizações por transparência”, disse Dilma.

Aos participantes, vindos de cerca de 130 países, Dilma ressaltou a importãncia da transparência nos governos para aprimorar a governança e a gestão. “Quanto maior a transparência, maior a possibilidade de que o dinheiro público se destine ao que são os programas necessários.”

A Conferência Internacional Anticorrupção é considerado o mais importante evento dedicado ao debate e à troca de experiências referentes ao tema, reunindo chefes de Estado, representantes de governos e da sociedade civil. O debate ocorre em um país diferente a cada dois anos e conta com a participação de 1,5 mil pessoas de mais de 130 países, em média, e é organizado pela Transparência Internacional.

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