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SÃO MIGUEL DO OESTE
O candidato a vereador pela coligação República Progressista, Amélio Pariz (PP), preso no último sábado acusado pelo crime de compra de votos, divulgou nota na segunda-feira, onde nega as acusações. Ele disse estar de consciência tranquila e afirma não ter cometido qualquer irregularidade. “Os fatos relatados foram distorcidos. O combustível foi entregue aos cabos eleitorais, os quais estão todos cadastrados e as despesas contabilizadas na campanha, conforme nota fiscal nº 003.841, emitida pela GDB Comércio de Combustíveis Ltda”, argumenta.
Segundo o candidato, as pessoas que receberam combustível estão trabalhando na campanha e, além de participar da carreata, participam de outras atividades pré-agendadas. “Estou ciente de que não cometi nenhum ilícito e provarei minha inocência no decorrer do processo. A minha campanha continua em ritmo normal e com a certeza de que serei eleito vereador”, finaliza.
Paris foi detido em flagrante no sábado acusado pelo crime de compra de votos. A prisão ocorreu no Posto de Combustível Bela Vista, onde o juiz eleitoral de São Miguel do Oeste, Juliano Serpa, e a Polícia Civil teriam presenciado o candidato autorizando inúmeras pessoas a abastecerem seus veículos e saírem sem pagar. Conforme a polícia, ao fazerem a abordagem encontraram com o candidato uma relação de veículos abastecidos e a respectiva quantidade de gasolina concedida, motivo pelo qual foi dada voz de prisão em flagrante pelo crime eleitoral de compra de votos.
Segundo a polícia, foram encaminhados à Delegacia, além do candidato a vereador, um dos motoristas que receberam o combustível e outras duas pessoas como testemunhas. Conforme o que informou a polícia, em depoimento na Divisão de Investigações Criminais (DIC) de São Miguel do Oeste, os envolvidos confirmaram os fatos. Após a lavratura do flagrante pelo Delegado Henrique Nantes Valadão, os autuados foram liberados mediante o pagamento de fiança entre R$ 1,3 mil e R$ 4. mil. Segundo a polícia, os presos responderão pelo delito em liberdade, ficando a cargo da Justiça Eleitoral as demais medidas.
Segundo Valadão, vários outros motoristas e envolvidos no caso serão ouvidos, podendo resultar em outras prisões pela prática de crime eleitoral. Caso sejam condenados, os envolvidos podem receber pena de até quatro anos de prisão. A ação faz parte da Operação Eleições Limpas desenvolvida na área de abrangência da 45.ª Zona Eleitoral, 13.ª Delegacia Regional da Polícia Civil e 11.º Batalhão da Polícia Militar
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